segunda-feira, 25 de maio de 2009

Capítulo 09

Uma reflexão de Matthew.


Mulheres. Quanto mais penso eu que as conheço, menos as entendo. Mira Barlow. Mira Barlow. Minha Mira Barlow. Lady Mira de Aldearan, futuramente, sem dúvida alguma.

Há alguns meses é só no que consigo pensar. Essa ruiva tomou meus sonhos de assalto, me aguçou todos os sentidos: olfato (ah, aquele cheiro que me faz tomar tantos banhos gelados...), visão (não que esta precisasse de qualquer apuramento para perceber as vultosas formas da minha mulher), paladar e tato ainda estão por vir, mas audição teve que ser treinada para ouvir as respostas ferinas que eu não imaginava que ela pudesse me dar.

Mais importante que isso essa menina me aguçou a mente. É sabido que a maior parte das mulheres não passa de coisinhas efêmeras e que servem apenas para agradar nossos instintos corporais mais primitivos, mas existem algumas e apenas algumas que conseguem se igualar a bons homens em termos de conversa e sagacidade: Rowena Ravenclaw, por exemplo, sempre foi uma dessas. Helga Hufflepuff é uma boa senhora, mas... uma senhora apenas.

E Mira Barlow. Mira de Aldearan. Ela precisa ser minha, não há ninguém no mundo mais digno do que eu para ela e ninguém que eu conheça mais digna de mim do que ela. Ela nasceu para acompanhar-me, para apoiar-me e eu nasci para elevá-la aonde nenhum outro homem a levaria.

Entre os homens de armas do Oriente, existe um provérbio que eu considero muito sensato. “Toda espada precisa de uma bainha, do contrário, em algum tempo ela se desgastará e se perderá.” E é verdade. Com o tempo exposto às intempéries do mundo, a espada perde seu corte, sua vitalidade e acaba por enferrujar.

Por mais que se use magia para limpa-la, para poli-la, nada substitui uma bainha bem preparada para guarda-la, protege-la, ampara-la.

E eu sou uma excelente espada que precisa da melhor bainha. Já perdi durante anos muito de meu corte, mas nunca perderei minha força e vitalidade para quem souber me usar – e eu sei que sou alguém com vida e esperteza para chegar onde cheguei.

Ela é minha bainha, eu tenho certeza e eu a carregarei comigo até o inferno se for preciso.

Um comentário:

Ingrid Reis disse...

Ahh, gente esse acapítulo foi muito curtooo, eu querooo mais. Eu amando a história, nem sempre eu comento, eu sei, mas é que não sou muito de comentar mesmo. Mesmo assim eu to amando a hitóriaaa, e eu quero um capítulo mais longo da próxima vez, rsrsrsrrss.
beijooos